Em declarações à agência Lusa, Manuel António Pina afirmou que a atribuição do prémio era «a coisa mais inesperada que eu poderia esperar» acrescentando que «nem sabia que o júri estava reunido».
Manuel António Pina, de 67 anos, nasceu na Beira Alta, e formou-se em advocacia antes de começar a trabalhar como jornalista. É poeta, autor de livros infantis e tradutor.
O prémio, é pago pelos governos do Brasil e de Portugal, que o instituíram em 1988. Desde a sua criação foram laureados dez portugueses nove brasileiros, um moçambicano, um cabo-verdiano e dois angolanos.
Alguns livros de poesia de Manuel António Pina:
Aquele Que Quer Morrer
Os Livros
Poesia Reunida
Gatos
Cuidados Intensivos
Nenhuma Palavra, Nenhuma Lembrança (que inclui o seguinte poema):
A um Jovem Poeta
Manuel António Pina, de 67 anos, nasceu na Beira Alta, e formou-se em advocacia antes de começar a trabalhar como jornalista. É poeta, autor de livros infantis e tradutor.
O prémio, é pago pelos governos do Brasil e de Portugal, que o instituíram em 1988. Desde a sua criação foram laureados dez portugueses nove brasileiros, um moçambicano, um cabo-verdiano e dois angolanos.
Alguns livros de poesia de Manuel António Pina:
Aquele Que Quer Morrer
Os Livros
Poesia Reunida
Gatos
Cuidados Intensivos
Nenhuma Palavra, Nenhuma Lembrança (que inclui o seguinte poema):
A um Jovem Poeta
Procura a rosa.
Onde ela estiver
estás tu fora
de ti. Procura-a em prosa, pode ser
que em prosa ela floresça
ainda, sob tanta
metáfora; pode ser, e que quando
nela te vires te reconheças
como diante de uma infância
inicial não embaciada
de nenhuma palavra
e nenhuma lembrança.
Talvez possas então
escrever sem porquê,
evidência de novo da Razão
e passagem para o que não se vê.
Um abraço poético
Onde ela estiver
estás tu fora
de ti. Procura-a em prosa, pode ser
que em prosa ela floresça
ainda, sob tanta
metáfora; pode ser, e que quando
nela te vires te reconheças
como diante de uma infância
inicial não embaciada
de nenhuma palavra
e nenhuma lembrança.
Talvez possas então
escrever sem porquê,
evidência de novo da Razão
e passagem para o que não se vê.
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