Uma agenda intemporal deveras interessante. Dá para ler todos os dias do ano e para todos os anos.Edição Babel. Tem excertos de poemas de Al Berto, Alberto Caeiro, Alexandre O`Neill, Eugénio de Andrade, Jorge de Sena, José de Almada Negreiros, José Régio, Manuel Alegre, Mário Cesariny, Sofia de Mello Breyner e muitos outros. Um para cada dia.
"Um ano é feito de muitos dias. de trezentos e sessenta e cinco (ou seis, às vezes), mas também dos que vivemos (no presente), dos que vivemos (no passado), ou dos que viveremos (no futuro) e que fazem de cada dia uma experiência única. Que estes versos oferecidos sejam sempre versos reflectidos - para perto, para longe, para dentro. De maneira a que sorria, chore, se indigne ou apaixone com os versos que lhe oferecemos para toda a vida" Os Editores
Cai o silêncio nos ombros e a luz impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer. - Eugénio de Andrade
Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa - salvar a humanidade. - José de Almada Negreiros
És tu a Primavera que eu esperava,
a vida multiplicada e brilhante,
em que é pleno e perfeito cada instante. - Sofia de Mello Breyner
O portugal futuro é um país
aonde o puro pássaro é possível. - Ruy Belo
Aqui, diante de mim
Eu, pecador, me confesso
De ser assim como sou.
Me confesso o bom e o mau
Que vão ao leme da nau
Nesta deriva em que vou. - Miguel Torga
Mas rezo sempre, como o fio da fonte
Teima na rocha viva ao mar virada
Na esperança de que um cântaro desponte. - Vitorino Nemésio
E tu entre corais, náufraga e nua,
a boiar no meu peito à luz da lua. - Vasco Graça Moura
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa. - Manuel Alegre
E mais trezentos e tal....
Sem comentários:
Enviar um comentário