As árvores da minha rua
Gritam
Quando a serra as transforma
Em corpo amputado;
Quando as deixa sem vida
E sem sombras de afago
As árvores da minha rua
Gritam
Quando alguém sem carinho
Golpeia os seus ramos
E num repelão
Os atira ao pó do caminho
As árvores da minha rua
Já não podem gritar
Já não oram ao céu.
E naquela praceta
O trinado dos melros
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