quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Quadras à Minha Terra



Canta a Torre as badaladas
E eu não sei qual a razão
Porque ao passar, as malvadas
Vibram no meu coração

Passa o Sorraia, anoitece
O Largo brilha ao luar
Olho o Calvário e parece
Que a cruz está a gritar.

Cubro o Parque de encantos
Nas noites que sei rimar
E penteio os seus recantos
Com um pente de luar.

A gente da minha terra
É cheia de devoção
Lamentos que o peito encerra
Em dia de procissão.

Por muito que entristeça
E o peito chore de dor
Foi este povo, com certeza
Que limou o meu valor

A minha terra é a margem
Desse Sorraia a correr
Choro a ver esta paisagem
Que um dia me viu nascer

                           Eugénia Edviges

Um abraço!

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