quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O Largo da Câmara


Um poema ao Largo da "minha" Câmara, ponto de encontro durante 32 anos da minha vida.





Já se vê no Largo a rapaziada
Alegre e barulhenta, esperando as duas,
Como o riso é lema de conversa fiada
As graças com barbas, apelidam de suas.

Estudantes vistosas esperam a hora
De algum autocarro que as há-de levar
E os jovens da Câmara logo, sem demora,
Proferem palavras que as fazem corar.

Além um casal que quer imitar
O love platónico das fitas sem história
E um velho, sentado, de olhos no par
Revolve as entranhas da sua memória.

No café da esquina a bica já espreita.
Há risos sonoros, gracejos reditos,
Um olhar furtivo ao pulso se deita
Enquanto se contam mais uns mexericos.

E soam as duas na Torre imponente
Qual canto suave, querendo acordar
A gente no Largo, a calma aparente,
O rumor da tarde que vai começar.

                                          Eugénia Edviges

Um abraço de amizade a todos os meus colegas camarários. 

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