segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Casimiro de Abreu - A Valsa

Poeta brasileiro da segunda geração romântica. Era filho de um fazendeiro português a residir no Brasil. Nasceu em Fazenda de Prata (Capivary) em 1839 e morreu em 1860 com tuberculose.
Em 1853 embarcou para Portugal onde esteve em contacto com o meio intelectual e escreveu nessa altura a maior parte da sua obra.
Em Lisboa foi apresentada a sua peça de teatro "Camões" em 1856.









A VALSA


(extracto)


Tu, ontem
na dança
que cansa
voavas
com as faces
em rosas
formosas
de vivo
carmim;
na valsa
tão falsa
corrias
fugias
ardente
contente
tranquila
serena
sem pena
de mim!


Quem dera
que sintas
as dores
de amores
que louco
senti!
quem dera
que sintas!
não negues
não mintas
eu vi!


Valsavas:
teus belos
cabelos
já soltos
revoltos
saltavam
voavam
brincavam
no colo
que é meu;
e os olhos
escuros
tão puros
os olhos
perjuros
volvias
tremias
para outro
não eu!


Quem dera
que sintas
as dores
de amores
que louco
senti!
Não negues
não mintas
eu vi!



Um abraço!




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