PRELÚDIO
Era um dia
triste e feio daquele mês,
Era um dia
sem ter luz, acinzentado,
Como um
sonho, aos poucos, inacessível,
Como a alma
de um povo amedrontado.
- Onde
estão os cravos deste Jardim?
Perguntam
sem saber qual a razão
Por que o
peito português batia tanto,
Por que
exultava, confiante, o coração.
O orvalho
da manhã trazia esperança,
Amputara-se
a chaga pela raiz
E as vozes
oprimidas, murmuravam:
- Onde
estão os cravos deste País?
E a Festa
do meu povo começou
E até o céu
parecia azul-anil,
Porque algo
grandioso acontecera
Com os
cravos cor de sangue, cor de Abril!
Um abraço revolucionário.
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