sexta-feira, 20 de abril de 2012



               PRELÚDIO

Era um dia triste e feio daquele mês,
Era um dia sem ter luz, acinzentado,
Como um sonho, aos poucos, inacessível,
Como a alma de um povo amedrontado.

- Onde estão os cravos deste Jardim?
Perguntam sem saber qual a razão
Por que o peito português batia tanto,
Por que exultava, confiante, o coração.

O orvalho da manhã trazia esperança,
Amputara-se a chaga pela raiz
E as vozes oprimidas, murmuravam:
- Onde estão os cravos deste País?

E a Festa do meu povo começou
E até o céu parecia azul-anil,
Porque algo grandioso acontecera
Com os cravos cor de sangue, cor de Abril!

                                                 Eugénia Edviges

Um abraço revolucionário.

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