Menina fui, de rendas e atavios
Onde embrenhava meus versos descontentes
gemidos breves, rimas escondidas
Nas dobras dos vestidos trnsparentes.
Menina fui no pensar e no agir,
Infância desigual e desditosa;
Quadras sem jeito feitas no regaço
E nos livros escolares searas de prosa
Menina fui testemunha atenta
de atritos, de revolta conjugal...
Nos cadernos confidentes quadras violadas
Pela água dos meus olhos, em caudal...!
Menina fui, rebelde e solitária.
Solidão que me envolveu e me formou,
Que fez dos meus versos saídos do peito
Farrapos da vida, que o tempo guardou!
Eugénia Edviges
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