Hoje
Que me vou embora
O Largo ressuscita
De batas pretas.
Há fitas coloridas
Entre livros geniais.
Hoje
O Rio galgou o leito.
As ondas batem nas margens
Em turbilhão, violentas.
As árvores entregam-se
Ao desejo do vento
Que sopra assustador.
Hoje
Há ruídos espalhados
Pelas ruas tortuosas
Pelos becos e ladeiras.
E as pessoas, apressadas,
Acotovelam-se.
Hoje
No Penedo há raiva
E os murmúrios são gritos!
Hoje
Que me vou embora
A cidade transformou-se...
....Aos meus olhos!
Eugénia Edviges
Um abraço.
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