O meu rio é entremeio
Do lençol matizado do campo
Que o margina.
E afirma
Que há murmúrios tristes
Que vêm do passado.
O meu rio tem cantares
Monótonos, melodias
Dos dias
Eternos, que faziam esquecer
O sol longínquo da manhã.
O meu rio tem lamentos
De sexo dorido e fugaz.
E traz
À sombra dos freixos
Fantasmas de desejo.
O meu rio vibra de dores
Em corpos curvados,
Chamados
Pelo fruto vermelho
Do chão, a pulsar.
Mas, deste rio
Vem a aragem
Que cerra os meus olhos
Que afasta o meu chorar...!
Um abraço do tamanho do meu Rio
Querida Eugénia, desejo-te muitas felicidades e espero que continues a espalhar as tuas sementes não só pela Lezíria, mas por todo o lado que puderes e quiseres!
ResponderEliminarAcolho e retribuo o abraço do tamanho do Rio :)
Clarisse
Obrigada Clarisse. Umbeijinho muito grande para ti.
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