Sei amar sem revolta a solidão,
Solidão onde me envolvo e me revejo,
Amo o sonho, a virtude, a emoção
E a candura extasiante de um desejo.
Amo a tarde que se esvai no sol poente
Amo esta vida que eu própria colori.
Amo o ciúme que todo o amor consente
E o tempo que passou…que não vivi.
Amo a ternura que distingo no olhar
Dos meus filhos, sementes-terra de amor
Amo mãos calosas, o vento no mar
E searas prenhes de pão e calor.
Amo as rimas que este meu peito traz
Que me prendem e que não posso conter,
Amo a força de vontade, o ser capaz
E a riqueza de ser mãe e ser mulher!
Eugénia Edviges
Um abraço muito terno